quarta-feira, fevereiro 06, 2008

ó mar, ó mar


Nada melhor para descontrair, que ir até à praia ouvir as vozes do mar.



VOZES DO MAR


Quando o sol vai caindo sobre as águas
Num nervoso delíquio d'oiro intenso,
Donde vem essa voz cheia de mágoas
Com que falas à terra, ó mar imenso?...

Tu falas de festins, e cavalgadas
De cavaleiros errantes ao luar?
Falas de caravelas encantadas
Que dormem em teu seio a soluçar?

Tens cantos d'epopeias? Tens anseios
D'amarguras? Tu tens também receios,
Ó mar cheio de esperança e majestade?!

Donde vem essa voz, ó mar amigo?......
Talvez a voz do Portugal antigo,
Chamando por Camões numa saudade!


Florbela Espanca
Poesia Completa
Lisboa, Publicações Dom Quixote, 2000

5 comentários:

Anónimo disse...

Podias ter escolhido a foto da cabeçada no mosquito...

Anónimo disse...

Tb sei um poema sobre o mar, n é um soneto mas tb é giro; é assim:
Ó mar, ó mar, ó mar...
Ó mar, ó mar, ó mar...
Ó mar, ó mar, ó mar...
M**** para tanta água!!!...

Gostas??? lol

Poppy disse...

:)
Hoje fui até à praia ouvir o mar. Ele estava zangado. Perguntei-lhe o que tinha e ele respondeu que queria viajar para outro planeta. Eu disse-lhe que queria ir com ele.

O mar e o sol são anti-depressivo. Fazem bem à alma.

Bj

Cris disse...

Ju - Infelizmente não existem fotos que possam documentar a cabeçada no mosquito... que pena. Quanto ao teu poema, acho sinceramente que devias enveredar por uma carreira artística... a sério... ou não!

Poppy - Concordo a 100%. Não há melhor anti-depressivo que o mar em harmonia com o sol. Obrigada pela visita ;)

TF disse...

já metias aqui as fotos do outro mar...estou farto deste!!!