sexta-feira, março 20, 2009

Não existem lâmpadas mágicas!

O caos em que se encontrava o apartamento dela não a incomodava. Sempre deu mais importância aos pequenos prazer da vida do que às vassouras e afins. Mas naquele dia, uma súbita vontade de limpar, esfregar e arrumar apoderou-se dela. Era como se a energia que gastava aliviasse a raiva que jorrava de dentro dela. Fazia da vassoura a sua espada para se defender do lixo que temia apoderar-se da sua alma. Esfregava as paredes pensando que, tal como nos contos das mil e uma noites, pudesse sair dali um génio que a pudesse salvar dos males que teimavam em não a largar.
Quando as forças finalmente a abandonaram, deu com ela deitada no frio azulejo. Tinha chegado à conclusão que os pequenos prazeres da vida não se encontravam entre aquelas paredes. Calçou as sapatilhas gastas pelo uso, vestiu o casaco debotado e saiu.


CristinaGuerra

sexta-feira, março 13, 2009

O leão, a lebre e o cágado

A lebre só tinha uma cabra. Sabendo que o leão possuía um bode, propôs a ele que lhe emprestasse o animal por uns tempos para que sua cabra tivesse filhotes. Quando isso ocorreu, a lebre foi devolver o bode ao leão. Entretanto, ele exigiu as crias, alegando que sem o seu bichinho a cabra jamais as teria tido. Como não conseguiram entrar em um acordo, procuraram a ajuda do tribunal dos anciãos. O tribunal deu ganho de causa ao leão, apresentando a mesma justificativa que o vencedor já havia utilizado anteriormente, ou seja: sem o bode a cabra não teria tido filhotes. Todavia, como faltava o cágado, também membro no tribunal dos anciãos, a lebre solicitou que se aguardasse a sua chegada, com o que todos concordaram, por questão de justiça. Após um dia inteiro de espera, chega o cágado. O leão, furioso, perguntou a razão para tanto atraso, ao que ele respondeu que sua demora devia-se ao fato de que ele estava assistindo ao parto de seu pai. Todos riram, perguntando onde se viu homem dar à luz. Então, o cágado perguntou se não disso, afinal, que se tratava. Imediatamente, os anciãos mudaram de posicionamento, dando ganho de causa à lebre, pois compreenderam que, já que é a mulher quem dá à luz, a ela os filhos pertencem.

CONTO POPULAR DA ANGOLA


Texto retirado do site http://pt.shvoong.com/

quarta-feira, março 11, 2009

Ó p'ra mim de volta!!

Há quanto tempo!!
Nem sei bem porque é que me afastei do meu blog...
Uma das razões é o facto da minha máquina fotográfica ter dado os seus últimos suspiros. E custa-me "roubar" imagens que não são minhas... Um blog sem imagens fica incompleto, a meu ver.
Mas mesmo assim decidi escrever o que me vai na alma e deixo azo à vossa imaginação para ilustrarem mentalmente o que aqui lerem.
Vamos lá então ver o que me vai na alma...
...
...
...
...
humm
...
...

... nada.
O problema hoje é mesmo esse... sinto-me vazia, incompleta, tenho a sensação de que me falta algo. Mas o quê?
O sabor da minha alma tem um ligeiro travo de tristeza. Não compreendo. Não sei de onde surgiu este odor de solidão que se apoderou de mim hoje. Aguardo ansiosamente o toque da alegria que normalmente me inunda. Por mais que ponha os meus sentidos à prova só consigo sentir o calor do sol que hoje brilha intensamente.
Vou então escutar os conselhos que a noite me trará e amnhã, certamente, será um melhor dia!