Chegou a casa cansada. Depois de uma noite mal dormida e de um dia de trabalho exaustivo, o cansaço tomou conta dela. Sentou-se no sofá pensando adormecer, mas não o fez. As dúvidas invadiam-lhe os pensamentos. Os porquês das mudanças, as atitudes correctas ou menos correctas, o que é suposto fazer ou não fazer, o que parece mal e o que é suposto parecer bem.
Um sabor a sal chegou aos lábios, a visão turva das lágrimas que lhe cobriam os olhos fê-la lembrar que estava sozinha, que era nestas alturas que daria tudo para ter Alguem ali ao seu lado, Alguem sentado no sofá, Alguem onde ela pudesse deitar a cabeça e chorar enquanto Alguem lhe passava as mãos pelos cabelos e Alguem lhe dizia as coisas bonitas que faziam bem à alma.
Mas Alguem não estava.
Talvez um dia Alguém estará.
O telefone tocou.
- Ola, só liguei para saber como estás.
- Estou a precisar de companhia. De conversar. De rir.
- Estou a caminho.
- Obrigada.
Afinal há sempre alguém quando precisamos.
Obrigada
2 comentários:
E ainda dizes que não te deixas abater por essas "mudanças"... tretas...
Sabes que podes sempre contar comigo, mais longe ou mais perto, isso não interessa nada... Jocas
Coucou Cris ! J'espère que tu vas bien. Alors, toujours seul avec ton petit chien. Mince ! Je ne me rappelle plus son nom.
Bisous.
Tiens Lyliane va venir me voir à la fin du mois, peut-être avec Peter.
Enviar um comentário