quarta-feira, junho 03, 2009

O mais barato, por favor

Aproveitou o facto de ter saido mais cedo do escritório para passar pela loja de electrodomésticos que ficava a caminho de casa. Após ter dado 1001 voltas ao estacionamento lá encontrou um lugar para parar o veículo. O calor era abrasador e o carro, sem ar condicionado, parecia um forno. É o que faz não ter muito dinheiro. Ela preferia ter um carro sem ar condicionado a ter que apertar ainda mais o cinto só para poder gozar de um ar mais fresco a caminho de casa. Essas futilidades não faziam, de todo, o género dela.
O sensor demorou algum tempo a dar de si. Por pouco não foi de encontro à porta que teimou em abrir. Foi atingida por uma lufada de ar fresco que a fez recuperar parte da energia perdida ao longo do dia de trabalho. Percorreu o centro comercial sem prestar atenção nenhuma ás montras que tentavam em vão convencer os clientes a comprarem algo. Mantendo o passo firme, entrou na loja:
- Boa tarde, em que posso ajudar?
- Boa tarde, quero comprar um telemóvel. O mais barato que tiver, por favor.
- Temos este novo modelo com...
- Eu pedi o mais barato.
- Mas estes nem dão para tirar fotos...
Para que raio queria ela um telemovel que tirasse fotos? Um telemóvel serve para telefonar e/ou mandar mensagens.
- Quando eu quiser tirar fotos, compro uma máquina fotográfica. O mais certo é este telefone acabar onde acabaram os outros: na boca do cão. Levo esse!
Pegou no telefone mais barato, pagou e saiu.

2 comentários:

ju disse...

Ter cão só traz despesas

Anónimo disse...

Lol:D Pergunto-me se o cão irá gostar desse novo "sabor"?