sexta-feira, junho 26, 2009

A chegada


O avião começava a descer. Senti um arrepio só de pensar que iria voltar a ver a minha cidade. Estavamos a sobrevoar o lago. As margens verdes e frondosas com alguns telhados a transparecerem por entre a vegetação faziam desta paisagem um cenário sem igual. A pouco e pouco começaram a aparecer um ou outro prédio, até que chegamos a Genève. O avião aterrou suavemente na pista. Desci apressadamente desejosa de chegar à cidade que tanto adoro.
Assim que sai do aeroporto, inspirei profundamente.
Estava em casa.

segunda-feira, junho 15, 2009

Preparativos

Não costuma ser problema fazer uma mala. Muito menos para 4 dias... Dois pares de calças, dois tops, duas t-shirts, duas camisolas e um casaco, um par de sapatilhas, uns sapatos mais finos e uns chinelos, lingerie confortavel e está feito. E que tal levar um vestido? Ainda faltam 4 dias para a partida. Há já uma semana que ela anda a pensar em fazer as malas, mas o mais certo é guardar isso para o ultimo dia.

terça-feira, junho 09, 2009

Obrigada!!

Obrigada pela festa surpresa.
Obrigada pela maravilhosa prenda.
Obrigada pelo fim de semana.
Obrigada pelos jantares.
Obrigada pelos copos.
Obrigada pelas saidas.
Obrigada pela companhia.
Obrigada por estarem presentes.
Obrigada por me aturarem.

Obrigada por serem meus amigos.

quarta-feira, junho 03, 2009

O mais barato, por favor

Aproveitou o facto de ter saido mais cedo do escritório para passar pela loja de electrodomésticos que ficava a caminho de casa. Após ter dado 1001 voltas ao estacionamento lá encontrou um lugar para parar o veículo. O calor era abrasador e o carro, sem ar condicionado, parecia um forno. É o que faz não ter muito dinheiro. Ela preferia ter um carro sem ar condicionado a ter que apertar ainda mais o cinto só para poder gozar de um ar mais fresco a caminho de casa. Essas futilidades não faziam, de todo, o género dela.
O sensor demorou algum tempo a dar de si. Por pouco não foi de encontro à porta que teimou em abrir. Foi atingida por uma lufada de ar fresco que a fez recuperar parte da energia perdida ao longo do dia de trabalho. Percorreu o centro comercial sem prestar atenção nenhuma ás montras que tentavam em vão convencer os clientes a comprarem algo. Mantendo o passo firme, entrou na loja:
- Boa tarde, em que posso ajudar?
- Boa tarde, quero comprar um telemóvel. O mais barato que tiver, por favor.
- Temos este novo modelo com...
- Eu pedi o mais barato.
- Mas estes nem dão para tirar fotos...
Para que raio queria ela um telemovel que tirasse fotos? Um telemóvel serve para telefonar e/ou mandar mensagens.
- Quando eu quiser tirar fotos, compro uma máquina fotográfica. O mais certo é este telefone acabar onde acabaram os outros: na boca do cão. Levo esse!
Pegou no telefone mais barato, pagou e saiu.